Graça e Paz.
É famoso por ter reiniciado a Corrida Espacial, através de sua empresa SpaceX e por ter revolucionado o mercado automobilístico, com sua empresa Tesla, que produz carros elétricos, além de outros tantos empreendimentos.
Note-se que seu país natal, a África do Sul, teve colonização tanto britânica quanto holandesa, o que faz com que não seja incomum encontrar-se protestantes (ou evangélicos, se você preferir) com essa nacionalidade.
Sim, todos esses conhecidos sul-africanos eram protestantes, por sinal, de diferentes denominações.
Há quem diga que ele seria ateu. Outros, dizem que ele seria agnóstico.
Alguém tão inteligente, tão bem sucedido nos negócios, com um sobrenome aparentemente judaico e com os olhos puxados (sim, os olhos asiáticos, em pessoas ocidentais, parecem ser, para alguns, "a prova" de que alguém seria judeu), "só poderia ser judeu".
Só que não. Segundo o site Jew or not Jew, Elon Musk não é judeu.
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Bem, judeu, nós já sabemos que ele não é.
Já afirmou nunca ter rezado e que respeita - e chegou a praticá-la, algumas vezes, a Meditação Transcendental.
Em uma entrevista, disse ter sido batizado, quando criança.
Foto, por
Steven Jurvetson, do momento em que Musk apresentou o já polêmico Neuralink.
Seu nome, Elon, é uma variante moderna de Elom, que é um nome bíblico.
Elom aparece, na Palavra de Deus, como um dos filhos de Zebulom:
Os filhos de Zebulom, segundo as suas famílias, foram: de Serede, a família dos sereditas; de Elom, a família dos Elonitas; de Jaleel, a família dos jaeelitas. (Números, Capítulo Vinte e Seis, Versículo Vinte e Seis, na Tradução Corrigida e Fiel de João Ferreira de Almeida).
Link para o capítulo completo em que se encontra esse versículo:
Elom, Juiz de Israel, em obra por
Bartolomeo Gai.
Afirmou que, quando era criança, seu pai era anglicano (uma das mais antigas denominações evangélicas).
Disse que os sócios de seus pais eram judeus; então ele, Elon, cursou a pré-escola numa escola judaica e que ele, Elon Musk, era, também, enviado à Escola Dominical da Igreja Anglicana.
Percebe-se, então, que Musk foi batizado, frequentava a Escola Dominical da Igreja Anglicana (a que seu pai pertencia) e teve, ao menos em tenra idade, contato com a cultura judaica.
Da esq. para a dir.: Elon Musk e o Primeiro-Ministro da Irlanda, Enda Kenny, em foto por
Heisenberg Media -
The Summit 2013.
Musk diz que aceita certos princípios bíblicos, mas não crê que os fatos descritos na Palavra tenham acontecido literalmente.
Apesar de não ter o costume de rezar, afirmou ter feito isso, quando orou pelos astronautas, quando da primeira missão tripulada da SpaceX.
Pelo que pudemos perceber, até agora, ele foi batizado e criado no Cristianismo (Igreja Anglicana / Protestante Histórica) tendo, também, contato com o judaísmo, quando era criança.
Da esq. para a dir.: Charles Bolden (administrador da NASA) e Elon Musk, em foto por
Bill Ingalls /
NASA.
Como era o caso de Albert Einstein, Musk afirma acreditar no Deus de Espinoza, definido pelo pensador holandês Baruch Spinoza, ainda no Século XVII. Nota-se que esse filósofo foi excomungado da comunidade judaica, a que pertencia, por conta desse entendimento, considerado uma heresia.
Outra grande celebridade ligada à Ciência, o astrofísico Carl Sagan, era considerado, também, um seguidor da teoria do Deus de Spinoza.
Há quem diga que o físico e inventor sérvio Nikola Tesla, também seria um seguidor dessa ideia, mas ele mesmo afirmava que Deus existia e creditava a Ele suas invenções. Tesla, admirador do Budismo, em que há um entendimento anímico da Divindade (como uma espécie de energia), bem como fascinado pela energia (em especial, a elétrica), provavelmente cria num Deus (fica difícil saber se a palavra Deus deve ser, em tal caso, escrita com a inicial maiúscula ou não, dado um eventual caráter anímico da Divindade ser abordada por determinada corrente da Teologia Contemporânea) anímico e não num Deus pessoal, como ocorre na Bíblia.
Em dado momento de sua vida, o físico e cosmólogo Stephen Hawking foi, também, um adepto do Deus de Spinoza, posição essa que abandonou, já no fim de sua vida, afirmando, categoricamente, que Deus não existe.
Baruch Spinoza (1632-1677).
Bônus: O Deus de Spinoza. (após esta necessária explicação, daremos continuidade ao artigo sobre a religião de Elon Musk)
O filósofo holandês Baruch Spinoza foi excomungado da comunidade judaica de Amsterdam, que considerava suas ideias ateístas.
Porém, Spinoza não era ateu. Ele possuía, isso sim, uma concepção, a respeito de Deus, que era diversa daquela encontrada na Bíblia Sagrada.
O Deus de Spinoza não era o Deus pessoal, das Sagradas Escrituras. Normalmente, escreveríamos a palavra Deus com letra minúscula, num caso como esse mas, dado o fato da expressão Deus de Spinoza ter o nome da divindade (diversa do conceito bíblico da mesma) sempre escrito com letra maiúscula, resolvemos seguir tal tradição.
Spinoza era, na verdade, panteísta, isso é, para ele, Deus era sinônimo de natureza, o que estaria refletido na harmonia e na existência de todas as coisas. Ele cria num Deus transcendental (um Deus transcendental é incompatível com o panteísmo, então, ao que parece, o texto que analisamos sobre isso, que pode ser acessado, através do link abaixo, tem uma imprecisão, no que se refere a isso) e imanente.
Note-se que a conclusão de que Spinoza seria um panteísta, é a conclusão pessoal do autor deste artigo, que, certamente, não deve ser a única fonte de informação dos amados irmãos sobre o tema.
Há outro entendimento sobre o Deus de Spinoza, que seria, na verdade, imanente, mas não transcendente.
E Spinoza dizia que se o homem tem uma ideia de Deus, então Deus deve existir formalmente.
Ainda num entendimento panteísta, doutrina que afirma que a criação faz parte do Criador, Spinoza afirmava que Deus é a causa de tudo e que nada existe fora Dele.
Spinoza não acreditava num Deus transcendente, que está acima de tudo e de todos, que precisamente é o Deus do Cristianismo e do Judaísmo.
Seu Deus era imanente, isto é, presente em tudo e em todos, pois o Deus de Spinoza era uma substância única.
Panteísmo é uma palavra derivada de duas palavras do grego: Pan, que significa tudo e theos (teós), que significa Deus.
Definição de panteísmo: é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente e imanente, ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus são idênticos.
Sim, amados, essa crença é bem diferente do Deus pessoal ou Criador.
Musk com o Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, em foto por
Prime Minister´s Office - Government of India.
Sim, o Deus de Spinoza não é um assunto exatamente simples de ser abordado. Esperamos, ao menos, ter dado um início de entendimento aos irmãos, convidando-os a se aprofundarem no tema.
Voltando a Musk, suas posições pessoais em termos de crença, também não são de fácil análise.
Sim, em parte anterior deste mesmo artigo, vocês leram que Musk disse acreditar no Deus de Spinoza.
Ou seria acreditar no que ele entende ser o Deus de Spinoza?
Se ele não é ateu nem agnóstico, como seria a sua crença religiosa?
Sim, ele disse isso mais de uma vez, inclusive em entrevistas.
Uma frase de Albert Einstein, proferida em 1921, diz o seguinte: Eu acredito no Deus de Spinoza que se revela na harmonia ordenada do que existe, não em um Deus que se preocupa com destinos e ações dos seres humanos.
E Elon Musk surpreende-nos uma vez mais (só para variar), com mais um dizer: Mas ei, se Jesus está salvando pessoas, quero dizer, não vou atrapalhar o Seu caminho. Claro, serei salvo. Por que não?
Assim como outros que criam no Deus de Spinoza (Einstein, Tesla, Hawkins), Musk é muito inteligente e seu raciocínio pode ser muito difícil de acompanhar e, como todo ser humano, pode, sim, contradizer-se, mudar de ideia, enfim, não muito diferente (guardadas, obviamente, as devidas proporções, haja vista sua mente visionária, genial, que é um verdadeiro "ponto fora da curva") do que ocorre com todos nós.
Nossa conclusão: Elon Musk decididamente não é ateu ou agnóstico. Afirma crer no Deus de Spinoza, o que, ao menos em tese, torna-o um panteísta. Gosta dos ensinamentos de Jesus (Gandhi também gostava, tanto que sua resistência pacífica, com não-violência, teve origem no ensinamento de dar a outra face, como consta de Mateus 5:39 e Lucas 6:29, mas nem por isso o líder indiano, que era hinduísta, converteu-se ao Cristianismo), diz que será salvo, enfim, tem ideias todas próprias sobre o tema religião.
Graça e Paz.
Missionário Clóvis Marques Guimarães Júnior, do Ministério Cristão Sã Doutrina Channel.
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