Como o amor ao dinheiro levou o mundo à falência, em 1929 (Quebra da Bolsa de Nova York).

                                          A Adoração a Mamon, em obra de Evelyn de Morgan.


   Graça e Paz. Assim diz a Palavra do Senhor, em 1 Timóteo 6:9-10:   

   Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.

   Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (Primeira Carta a Timóteo, Capítulo Sexto, Versículos Nono e Décimo, na Tradução Corrigida e Fiel de João Ferreira de Almeida)


   

   Belzebu (senhor das moscas) que, Gregório de Nissa, seria Mamon, em imagem por Fred Barnard


   Link para o capítulo completo em que se encontram os versículos acima mencionados:

   1 Timóteo 6 - ACF - Almeida Corrigida Fiel - Bíblia Online (bibliaonline.com.br)

   Segundo o teólogo Gregório de Nissa, Mamon seria outro nome para Belzebu.

   Mamon está associado ao dinheiro, à riqueza material.

   

Família de Oklahoma (EUA), vivendo em condições miseráveis (1936), em consequência da Crise de 1929, em foto por Dorothea LangeDivisão e Fotografias e Gravuras da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.


   Em 1929, houve a maior crise financeira da história da Humanidade, por causa da "quebra" da Bolsa de Nova York (EUA), a mais importante do mundo.

   Empresas faliram, pessoas passaram da classe média ou da alta, à miséria, tendo que sobreviver da caridade alheia, o número de suicídios aumentou assustadoramente. O mundo entrou em caos, porque a "pirâmide financeira" ruiu, tal qual um gigante de pés de barro...

   Os "loucos anos 20", marcados pelo hedonismo, degradação moral, liberação sexual e outras abominações, tiveram um fim horrível, que foi causado, mais do que tudo, pelo amor ao dinheiro aparentemente fácil e inesgotável, através de investimentos (muitas vezes irresponsáveis) na Bolsa de Valores.

   Sim, até pessoas comuns, como engraxates, investiam dinheiro na Bolsa, em busca de lucros fáceis e uma riqueza cada vez maior, pois os índices da Bolsa de Nova York não paravam de subir, por anos seguidos. É claro que um dia, "a casa ia cair", como se diz na gíria.


   

Gráfico do desemprego nos Estados Unidos, entre os anos de 1910 e 1960. A tarja rosa marca a situação entre 1929 e 1939, em que as consequências da Quebra da Bolsa se fizeram notar, em imagem por Lawrecekhoo.


   Na passagem do século XIX para o XX, os Estados Unidos já eram a maior potência econômica do mundo e a Primeira Guerra Mundial serviu para os EUA ganharem ainda mais dinheiro, vendendo produtos industriais e agrícolas, para os europeus.

   Quando a guerra acabou, em 1918, a Europa estava arrasada e os americanos não conseguiam mais ganhar tanto dinheiro vendendo para os europeus, pois as condições financeiras daquele continente ficaram precárias, graças à destruição, em vidas e em bens materiais, trazida por aquele conflito de imensas proporções.

   Para piorar as coisas, a maior potência econômica do continente, a Alemanha, agora estava arruinada, tanto pela guerra, quanto pelas cláusulas abusivas do Tratado de Versalhes, que lhe impuseram dívidas de guerra simplesmente impagáveis.

   Na tentativa de resolver esse grave problema, os bancos americanos começaram a fazer empréstimos aos países europeus (inclusive a seu outrora inimigo, a Alemanha), para que eles se reerguessem e pudessem voltar a adquirir os produtos estadunidenses.


   

Filas de famílias, esperando por ajuda, dos diversos programas sociais criados pelo governo americano, em 1933, em foto por Dorothea Lange / Divisão e Fotografias e Gravuras da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.


   E essa iniciativa deu certo, ao menos aparentemente, pois, entre 1923 e 1924, tiveram início Os Anos Dourados, Os Loucos Anos 20 ou como quer que vocês queiram chamar.

   Após a terrível crise, muitas pessoas começaram a viver "como se não houvesse amanhã".

   Em especial na Alemanha, agora vivendo a primeira experiência democrática de sua história, no período conhecido como República de Weimar, em que ocorreu uma verdadeira "revolução nos costumes", um grande desenvolvimento nas artes e uma maior ainda degradação moral, que ajudou a plantar as sementes da discórdia, numa sociedade majoritariamente conservadora.

   Gastava-se (quando se tinha, pois havia pobreza e miséria, na Alemanha daqueles tempos, apesar da fase de prosperidade que o país atravessava), divertia-se, amava-se (carnalmente), bebia-se, comia-se e, para uma boa parte da população, a busca do prazer parecia ser quase uma ordem a ser seguida.

   

                                                        Símbolo do Exército da Salvação.



   Em 29 de outubro de 1929, porém, "a casa caiu", até mesmo porque não atingiu apenas os investidores em ações: todo mundo foi atingido.

   O que movia a economia brasileira era quase que absolutamente a exportação de café. Quando os mercados externos diminuíram muito suas compras de nosso café, muitos cafeicultores foram à falência.

   Com a base econômica de nosso país praticamente destruída, o Brasil, como um todo, faliu.

   E não foi só aqui. Foi em todo o planeta.


   Foto representando Os Dourados Anos 20, em Berlim, Alemanha, por Arquivo Federal Alemão.


   Sim, muitos americanos outrora de classe média e alta, até mesmo milionários, passaram a depender da sopa oferecida por um ministério evangélico: O Exército da Salvação.

   Exatamente: quando você vê fotos ou vídeos sobre os efeitos do Crack da Bolsa de Nova York, aquelas pessoas uniformizadas que entregam sopa aos carentes, são crentes do Exército da Salvação.

   Como ensina a própria Palavra (Tiago 2:26, ACF):

   Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tiago, Capítulo Segundo, Versículo Vinte e Seis, na Tradução Corrigida e Fiel de João Ferreira de Almeida)

   Link para o capítulo completo em que se encontra esse versículo:


   Sim, as boas obras realizadas pelo Exército da Salvação, ministério evangélico, foram essenciais para ajudar muitos estadunidenses a passarem pelo período histórico conhecido como A Grande Depressão, causado pela "Quebra" da Bolsa de NYC, em 1929.


   
Gibi do Tio Patinhas, personagem da Disney, na arte de Carl Barks, em foto por Disney Enterprises / DELL.


   Pois é, amados, o amor ao dinheiro, nos anos 1920, especialmente na segunda metade dessa década, simplesmente levou o mundo à ruína.

   Não é recomendável esquecer que, a partir de 2008, surgiu uma forma de investimento ainda mais  arriscada e potencialmente lucrativa do que as ações: as criptomoedas, sendo que a mais conhecida é o bitcoin.

   Se as ações são consideradas um investimento de alto risco, as criptomoedas estão num patamar acima.

   Alguém pode dizer: "mas as possibilidades de altos lucros são bem mais promissoras".


   

Logo do Bitcoin.


   Exato. Mas e se uma eventual "bolha das criptomoedas" simplesmente estourar?

   As perdas, em tese, podem ser muito maiores do que as ocasionadas por oscilações desfavoráveis nas Bolsas de Valores.

   Pense bem nisso, antes de partir para investimentos de alto risco. O sonho pode transformar-se num pesadelo da vida real. Em 1929, foi assim.

   Mesmo com os mecanismos adotados a partir daquela tragédia, outras variáveis em que você, amado irmão, certamente não está pensando, podem potencializar um eventual desastre...

   O detalhe é que, com raras exceções, os países mais ricos e que tinham bolsas de valores mais movimentadas, naquela época, eram de maioria evangélica.

   EUA, Império Britânico, Alemanha... Só para citar três exemplos de potências econômicas que tinham uma população que conhecia a Palavra.

   Preste atenção, amado, nesse versículo bíblico (Salmos 119:11):

   Escondi a tua palavra em meu coração, para não pecar contra ti. (Salmos, Capítulo Cento e Dezenove, Versículo Onze, na Tradução Corrigida e Fiel de João Ferreira de Almeida)

   Link para a página completa em que se encontra essa passagem bíblica:


   Não basta ler a Palavra; devemos guardá-la em nosso coração, na nossa mente e no no mais profundo de nosso ser. As tentações virão, tais como a da riqueza fácil e sem trabalho, que fez milhões de nossos irmãos falirem, em 1929.   

   Graça e Paz.

   Missionário Clóvis Marques Guimarães Júnior, do Ministério Cristão Sã Doutrina Channel.

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