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Menonitas de Ontário, Canadá, em foto por
Alan Walker.
Graça e Paz.
Preliminarmente, devo dizer que não tenho nada contra denominações, igrejas ou pessoas que adotam os usos e costumes, apesar de eu ser presbiteriano independente e minha denominação não adotá-los.
Não estou aqui para causar contendas entre irmãos, igrejas ou denominações.
Este artigo é apenas de conteúdo informativo e evitarei fazer juízos de valor sobre os usos e costumes abordados, sejam eles de que instituição ou pessoa eles forem.
Mulher de cabelos longos, em foto por Marianne
Emst - http://www.amazing-hair.de/
Dito isso, vamos começar:
Usos e costumes são práticas existentes, atualmente, em determinadas denominações anabatistas tradicionais (algumas os adotam parcialmente) e em determinadas igrejas pentecostais (caso brasileiro), que se referem a cabelos, depilação, vestes, formas de comunicação e uso dos meios de comunicação (essa é uma definição que será mais bem trabalhada ao longo deste artigo).
No Brasil, as denominações mais conhecidas por adotarem tais práticas são: Assembleia de Deus, Igreja Pentecostal Deus é Amor, Presbiteriana Renovada e Batista Renovada.
Ao que consta, os usos e costumes teriam sido introduzidos em nosso país pela Assembleia de Deus.
Mulheres hutteritas, retornando do trabalho, em foto por
Rainer Mueller.
Considerando-se que as comunidades Amish, Menonitas e outras têm uma quantidade pequena de membros e não costumam interagir nem influenciar, regra geral, os demais crentes brasileiros, nosso artigo abordará, na prática, apenas as mais conhecidas denominações a adotá-las, em nosso país.
Quais os usos e costumes da Assembleia de Deus? - vivendobauru.com.br
Mulheres de uma denominação anabatista, a Old River Bethren, em foto por Little Tidbtis.
Achei meio estranho, mas este artigo trará diferentes opiniões sobre o tema, que não necessariamente correspondem a meu entendimento sobre o assunto. 1975?!? Não foi antes, não?
Bem, continuemos. Mas que não deve ter sido tão recentemente, não deve mesmo...
Agora, sim, os usos e costumes, segundo o texto a que o link a seguir, já eram adotados pelos assembleianos, mas não estavam colocados por escrito, em algum documento dessa denominação. o que só ocorreu por ocasião da 22ª. Assembleia Geral Ordinária, realizada em Santo André (SP), da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (GGADB), em 1975:
Aí , sim, parece mais razoável e até lógico.
Logo da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, em foto por
GamaJesus.
OBS: o Ministério da AGADB é conhecido como Ministério Missão (oficial) e Ministério Belém (popularmente).
Entre 21 e 28 de outubro de 1946 (eu já havia lido, em outra fonte, que os usos e costumes teriam sido Introduzidos na Assembleia de Deus nesse ano, 1946), houve em Recife (PE), uma AGO (Assembleia Geral Ordinária), que, entre outros temas, discutiu a polêmica publicação, pelo missionário sueco Otto Nelson, no Mensageiro da Paz, uma resolução de uma Assembleia de Deus local, de São Cristóvão (RJ) que, em resumo, estabelecia as seguintes normas (resumidas, também):
A mulher que fosse membro daquela igreja, não deveriam rapar sobrancelhas e nem ter cabelos cortados, tingidos, soltos ou com permanentes.
Os vestidos deveriam ser compridos e com mangas longas, com decotes modestos.
As irmãs deveriam usar meias.
Essas normas seriam aplicadas a todas as congregações dessa igreja local.
As irmãs que não seguissem tais normas, seriam desligadas da comunhão da igreja por 3 meses.
Logo da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, em imagem por
CONAMAD.
E a Madureira?
Ao que consta, o Ministério Madureira era mais conservador, em termos de usos e costumes, do que o Ministério Belém e isso teria causado sérios atritos entre ambos, nos anos 1960:
A partir de 1979, a situação difícil entre ambos os ministérios, teria chegado ao fim.
Daniel Berg, em foto por
GGADB.
Segundo o autor Robson Cavalcanti (citado por Altair Germano), as mulheres da Assembleia de Deus, no Brasil, teriam trazido, da Igreja Católica, no interior do Nordeste, de não se pintar, usar roupas longas e ter cabelos longos e presos. Assim, a Assembleia teria absorvido a cultura católica popular, que depois teria se tornado doutrina.
E, ainda Cavalcanti afirma que esses costumes seriam da Assembleia de Deus no Brasil, não sendo adotados em outros países.
Note-se que tanto o Ministério Belém quando o Madureira, demoraram a aceitar o uso da televisão.
Durante um bom tempo, foi terminantemente proibido.
E, ainda, os homens tinham que usar ternos, o uso de bermudas era proibido, assim como jogar futebol.
Os membros do sexo masculino não podiam ter cabelos compridos e nem ter barba.
E hoje em dia?
Há uma tendência à flexibilização (não é regra geral) dos usos e costumes, tanto para os homens, quanto para as mulheres.
Porém, certos pastores e mesmo membros, não aceitam tais mudanças e isso causa o surgimento de outras denominações chamadas Assembleia de Deus, com usos e costumes mais rígidos ou, até mesmo, de denominações com outro nome.
Note-se que respeito todas as denominações e igrejas locais, adotando elas ou não os usos e costumes, exigindo, das mesmas, respeito equivalente, em relação a mim e à igreja local de que sou membro, assim como à respectiva denominação.
OBS: estou resumindo as normas referentes aos usos e costumes, elencando apenas as mais comuns e conhecidas, dadas as diferenças existentes entre os diversos ministérios e, às vezes, até entre as próprias igrejas locais.
Link para o outro artigo desta série:
Aguardem o próximo artigo desta série, sobre os usos e costumes na Igreja Pentecostal Deus é Amor.
Graça e Paz.
Missionário Clóvis Marques Guimarães Júnior, do Ministério Cristão Sã Doutrina Channel.
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